Lançado em setembro de 2007, dificilmente fãns do Joy Division assistirão a essa película nos cinemas, já que esses estão disponiveis somente para os blockbuster da vida. Pra deixar o pessimismo de lado: A esperança é a ultima que morre.
Baseado na biografia do lider do Joy Division, Ian Curtis, autorizado e assinado por sua viúva Deborah Curtis, ‘CONTROL’ aborda de forma genial a trajetória de um mito, dando ênfase principalmente à história de um homem - com a banda e a música em segundo plano.
O holandês Anton Corbijn, além de ter uma extensa obra fotográfica e vários vídeos assinados para ícones da música pop nos últimos 20 anos (U2, Depeche Mode, Front 242, David Sylvian) foi o escolhido para a direção de CONTROL.
Uma estréia com o pé direito que, para quem conhece os trabalhos de Anton Corbijn, vai se deleitar com a película que foi rodada em preto e branco.
CONTROL fala de um músico expressivo e vissionário, um poeta angustiado e depresivo. Ian Curtis suicidou-se meses antes de completar 24 anos. Segundo sua mulher, Debora Curtis, afirmou mais tarde, se tivesse acompanhado a gravação do segundo album “Closer” semanas antes do seu suicídio, ouvido as cançôes e escutado as letras, teria desconfiado da depresão e angustia profunda e consequentemente evitado a tragédia. 
A banda Joy Division se apresenta pela primeira vez em público a 29 de maio de 1977, ainda com o nome de “WARSAW” - nome de uma música instrumental de David Bowie lançado no album Low. Na formação:
Ian Curtis, Bernad Summer, Peter Hook e o baterista Tony Tabak, que tempo depois seria substituido por Steve Bothesdale que ficou temporariamente até Steve Morris assumir de vez o cargo de batera.
O EP entitulado “An ideal for living” assinala a mudança de nome de Warsaw para Joy Division, em janeiro de 1978, para evitar confusões com a banda punk Warsaw Pakt. O nome Joy Division foi inspirado na ala do campos de concentração nazista nos quais eram mantidas as prostitutas para a diversão dos oficiais alemães.
Em abril de 1979 o Joy Division finalmente lança seu primeiro álbum imtitulado “Unknown Plesure”, um dos álbuns mais influentes do seu tempo, que tem na produção Martin Hanett que revelou-se excencial. O design da capa do disco fica a cargo de Peter Saville e assinala a imortalidade do disco. Depois da gravação de Unknown Plesure e do single “Transmission” a banda começa a se apresentar frequentemente e também ficam mais constantes os ataques de epilepsia de Ian Curtis. Uma figura importantísima para a banda e Ian foi, sem dúvida, o dono da produtora Factory “Tony Wilson" (Em 2002 foi lançada a sua autobiografia "24 hours party people" um filme de Michael Winterbotton. Em agosto de 2007 aos 57 anos Tony Wilson morre de problemas cardíacos.) Em março de 1980, a banda retorna aos estúdios e grava o segundo álbum “
CLOSER”
que tem novamente a produção de Hannett. Inspirado e extremamente criativo Ian torna-se sombrio e
mais gélido do que nunca. No álbum os teclados saltam com maior clareza acrescentando dramaticidade ao arranjo das melhores canções da banda. 18 de maio de 1980 acontece a tragédia anunciada. É quando Ian Curtis se enforca na cozinha de seu apartamento com uma corda de estender roupa.
Seis meses depois a banda retorna ao estúdio, agora com Bernard Summer nos vocais, Gillian Gilbert nos teclados e juntos gravaram “Ceremony” e “In a lonely place”. Os singles faziam parte de um novo projeto… NEW ORDER, que já é uma outra história…
Pontos favoráveis para essa biografia-musical é a excelente interpretação do ator “
San Riley”
(1980) que de forma surpreendente consegue uma
semelhança fisica e uma dramatisidade para a personagen de Ian Curtis. San também é vocalista da banda-punk “10,000 Things”. Outro ponto a favor são os ótimos atores que dão vida ao Joy Division. Fisicamente parecidos são eles que interpretam e cantam as canções, dando um certo realismo ao filme. O papel de Deborah Curtis ficou a cargo de Samantha Morton.
Não poderei deixar de sitar a exelente trilha sonora, confira: