quinta-feira, 29 de maio de 2008

Lançamentos.

Dois lançamentos previstos para os próximos meses: O primeiro vem da gélida Reykjaviki (Islandia), É o SIGUR RÓS que está com disquinho novo em folha, e pronto para ser lançado. O quarteto segue para o seu 8º trabalho, com o simples nome de: "MED SUD Í EYRUM VID SPILUM ENDALAUST. Segundo informações o disco vai ser posto a venda no próximo dia 23 de junho. E já tem single novo como aperitivo "GOBBLEDIGOOK".
O outro veterâno, chama-se TRICKY , uns dos nomes de maior expreção da geração que deu ao mundo as batidas densas, o som soturno e a atmosfera quase que cinematográfica do Trip-Hop (podemos colocar no mesmo patamar o Massive Atack e o Portishead). O sucessor de "Vulnerable" de 2003 chama-se "KNOWLE WEST BOY", e tem data de lançamento no Reino Unido no dia 7 de julho. Confira abaixo o clip de estréia com o single COUNCIL ESTATE.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Shoegaze...

Vamos pegar uma carona no shoegaze e falar um pouco desse projeto que vem da Alemanha (Cologne), o Pluramon. Capitaneado por Marcus Schmickler, o Pluramon está em seu quinto álbum intitulado: "The Monstrous Surplus" lançado em Setembro de 2007 pela Karaoke Kalk. Nele Marcus toca guitarra, baixo, teclado e bateria na maioria das faixas e ainda tem fôlego para os vocais, acompanhado pelo também guitarrista Mathias Mauersberger e ainda a voz de Julee Cruise que nos leva há um clima denso de mistério, capaz de sugerir uma forte herança de uns Cocteau Twins, e podemos sentir alguns traços e afinidades com o My Bloody Valentine. Outras presenças são as de Jutta Koether e Júlia Hummer, está última cantando If The Kids Are United ( clássico punk de 1978) do Sham 69. Um disco com bons momentos que nos resgata o shoegaze de uns Jesus And Mary Chain, Magnetic Fields e outros. Vale conferir!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Sydney Pollack (1934 - 2008)

Morreu na noite desta segunda-feira, o ator, roteirista e diretor Sydney Pollack. Segundo os familiares a causa da morte teria sido um câncer. Confira algumas das contribuições de Pollack para o cinema: A Noite dos Desesperados (1969), Mais Forte que a Vingança (1972), O Cavaleiro Elétrico (1975), Ausência de Malícia (1981), Tootsie (1982 arrebatando à vários prêmios, e com uma interptetação genial de Dustin Hoffman), Entre dois Amores (1985 Oscar de melhor diretor), Havanna (1990), A Firma (1993) e mais recente: A Interprete (2005) e Condulta de Risco (2007, Oscar de melhor atriz para a britânica Tilda Swinton).

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Strange days

"Na década de 80 tinha de se manter olho de águia para seguir pistas que conduzissem à música obscura. Não se podia fazer google com o nome de uma banda de que um estiloso qualquer tinha falado no bar. Em vez disso, vasculhavam-se livro e revistas à procura de uma frase relevante. Fazer essas ligações requeria muito mais persistência. Também não se podia fazer download instantâneo de um disco: era uma procura interminável em expositores cheios de pó com discos usados ou promocionais, e quando finalmente se encontrava a sensação era como ter ganho um milhão de dólares na lotaria. Se o disco afinal não prestasse, arquivava-se, encolhiam-se os ombros e recomeçava a procura da próxima pérola em vinil. Nessa época, essa era a única maneira de descobrir estas coisas, especialmente quando não se conhecia ninguém que gostasse de música "estranha". Agora todas as pessoas gostam de música "estranha" e o resultado é que "estranho" já não quer dizer grande coisa. Estes são tempos diferentes."
Essa introdução de Weasel Walter para o livro NO WAVE , de Marc Mastes lançado no final de 2007 (importado), resume muito bem o que era "correr atrás" de uma raridade ou quem sabe, uma novidade. Até mesmo para lançamentos de bandas que estavam no auge ou quase lá, tinhamos que recorrer, em alguns casos, às importadoras (que muitas vezes não tinham o título) ou para poucos sortudos que tinham amigo comissário de bordo (não era o meu caso). Hoje é tudo tão simples e fácil, que o conhecimento (musical) é instantâneo como um clic. E quando você para e olha ao redor percebe que as pessoas (exceçôes) se tornaram mais fechadas, para não dizer empobrecidas... quem sabe acomodadas, aceitam de bom grado o que rádio e tv lhes impurram goéla abaixo. E a tal da"música estranha"? Essa passou pouco por essas bandas, e hoje com a internet, google e os downloads está praticamente instinta, tal como o sirí-de-sunga.
Tempos estranhos.

domingo, 18 de maio de 2008

Na estrada com Duran Duran.

A banda inglesa Duran Duran está na estrada. A turnê “Red Carpet Massacre Tour” teve início nos finais de Março na Nova-Zelândia , seguiu para Austrália, Ásia, Estados Unidos depois segue para Europa. No último dia 9 ainda em Las Vegas a banda recebeu duas participações especiais: Brandon Flowers e David Keuning ambos do quarteto americano The Killers. Os dois subiram ao palco e interpretaram junto com a banda o clásico Planet Earth de 1981. Confira o vídeo que peca na qualidade, mais vale a interpretação super legal.

sábado, 17 de maio de 2008

Verdades da alma


Sem cair nas armadilhas maketeiras da indústria fonográfica, Jamie Lidell é um artista que faz a diferença atualmente. O que se vê e o que se ouve quando o assunto é rhythm’ blues e principalmente soul é um punhado de artistas que com o tempo não passam de uma reinvenção barata, soando fake.
Jamie Lidell, que nasceu em Huntingdon – Inglaterra, acaba de lançar o excelente disco “Jim” seu quarto álbum (o terceiro são versões do também excelente álbum Multiply - lançado em 2005), onde ele acaba por reencontrar as verdades da alma… ou o melhor da Soul. Um disco onde ele próprio acabou se afastando dos beats, e buscando inspiração nos clássicos da Soul Music, evidente influência dos ícones dos anos 60 e 70 como: Marvin Gaye, Sam Cookie, Stevie Wonder, All Green e outros. Um disco que fica desde já marcado para ser grande em 2008.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Espiritualmente!

Está previsto ainda para este mes de maio, o novo trabalho dos ingleses Spiritualized . O título do álbum será Songs in A&E que sucede o exelente “Amazing grace” de 2005. O disco contara com 18 faixas, seis das quais são interlúdio que no álbum será apresentado como harmony.
Confira abaixo o clip da música "Soul On Fire".

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Milimétricamente correto!

Asa Breed é o nome de uma personagem de um romance de Kurt Vonnegut, Asa Breed também é o título do segundo álbum do texano Matthew Dear lançado pelo selo Ghostly International. Um surpreendente trabalho de Matthew que optou por uma direção menos techno, buscando uma linha mais elaborada para suas canções (podemos conferir isso no último trabalho do LCD Soundsystem) e para esta transformação encontramos Arthur Russel como referência central .
A voz de Matthews Dear em alguns momentos nos faz lembrar Tunde Adebimpe, do “TV ON THE RADIO” principalmente na faixa Deserter.
As letras são pequenos contos existencialistas em cenáro suburbano, que Matthew juntou nos últimos três anos.
Um disco sólido, coeso, e uma estrutura eletrônica com doses bem distribuídas e melodias elaboradas sugerindo cenários minimalistas.

domingo, 4 de maio de 2008

Até quando esperar?

Lançado em setembro de 2007, dificilmente fãns do Joy Division assistirão a essa película nos cinemas, já que esses estão disponiveis somente para os blockbuster da vida. Pra deixar o pessimismo de lado: A esperança é a ultima que morre.
Baseado na biografia do lider do Joy Division, Ian Curtis, autorizado e
assinado por sua viúva Deborah Curtis, ‘CONTROL’ aborda de forma genial a trajetória de um mito, dando ênfase principalmente à história de um homem - com a banda e a música em segundo plano.
O holandês Anton Corbijn, além de ter uma extensa obra fotográfica e vários vídeos assinados para ícones da música pop nos últimos 20 anos (U2, Depeche Mode, Front 242, David Sylvian) foi o escolhido
para a direção de CONTROL.
Uma estréia com o pé direito que, para quem conhece os trabalhos de
Anton Corbijn, vai se deleitar com a película que foi rodada em preto e branco.
CONTROL fala de um músico expressivo e vissionário, um poeta angustiado e depresivo. Ian Curtis suicidou-se meses antes de completar 24 anos. Segundo sua mulher, Debora Curtis, afirmou mais tarde, se tivesse acompanhado a gravação do segundo album “Closer” semanas antes do seu suicídio, ouvido as cançôes e escutado as letras, teria desconfiado da depresão e angustia profunda e consequentemente evitado a tragédia.

A banda Joy Division se apresenta pela primeira vez em público a 29 de maio de 1977, ainda com o nome de “WARSAW” - nome de uma música instrumental de David Bowie lançado no album Low. Na formação:
Ian Curtis, Bernad Summer, Peter Hook e o baterista Tony Tabak, que tempo depois seria substituido por Steve Bothesdale que ficou temporariamente até Steve Morris assumir de vez o cargo de batera.
O EP entitulado “An ideal for living” assinala a mudança de nome de Warsaw para Joy Division, em janeiro de 1978, para evitar confusões com a banda punk Warsaw Pakt. O nome Joy Division foi inspirado na ala do campos de concentração nazista nos quais eram mantidas as prostitutas para a diversão dos oficiais alemães.
Em abril de 1979 o Joy Division finalmente lança seu primeiro álbum imtitulado “Unknown Plesure”, um dos álbuns mais influentes do seu tempo, que tem na produção Martin Hanett que revelou-se excencial. O design da capa do disco fica a cargo de Peter Saville e assinala a imortalidade do disco. Depois da gravação de Unknown Plesure e do single “Transmission” a banda começa a se apresentar frequentemente e também ficam mais constantes os ataques de epilepsia de Ian Curtis. Uma figura importantísima para a banda e Ian foi, sem dúvida, o dono da produtora Factory “Tony Wilson" (Em 2002 foi lançada a sua autobiografia "24 hours party people" um filme de Michael Winterbotton. Em agosto de 2007 aos 57 anos Tony Wilson morre de problemas cardíacos.) Em março de 1980, a banda retorna aos estúdios e grava o segundo álbum CLOSERque tem novamente a produção de Hannett. Inspirado e extremamente criativo Ian torna-se sombrio e mais gélido do que nunca. No álbum os teclados saltam com maior clareza acrescentando dramaticidade ao arranjo das melhores canções da banda. 18 de maio de 1980 acontece a tragédia anunciada. É quando Ian Curtis se enforca na cozinha de seu apartamento com uma corda de estender roupa.
Seis meses depois a banda retorna ao estúdio, agora com Bernard Summer nos vocais, Gillian Gilbert nos teclados e juntos gravaram “Ceremony” e “In a lonely place”. Os singles faziam parte de um novo projeto… NEW ORDER, que já é uma outra história…
Pontos favoráveis para essa biografia-musical é a excelente
interpretação do ator San Riley(1980) que de forma surpreendente consegue uma semelhança fisica e uma dramatisidade para a personagen de Ian Curtis.
San também é vocalista da banda-punk “10,000 Things”. Outro ponto a favor são os ótimos atores que dão vida ao Joy Division. Fisicamente parecidos são eles que interpretam e cantam as canções, dando um certo realismo ao filme. O papel de Deborah Curtis ficou a cargo de Samantha Morton.
Não poderei deixar de sitar a exelente trilha sonora, confira:

New Order - Exit
The Velvet Underground - What Goes On
The Killers - Shadowplay
Buzzcocks - Boredom (Live at the Roxy)
Joy Division - Dead Souls
Supersister - She Was Naked
Iggy Pop - Sister Midnight
Joy Division - Love Will Tear Us Apart
Sex Pistols - Problems (Live)
New Order - Hypnosis
David Bowie - Drive In Saturday
John Cooper Clarke - Evidently Chickentown (Live)
Roxy Music - 2HB
Joy Division - Transmission (Cast Version)
Kraftwerk - Autobahn
JoDivision - Atmosphere
David Bowie - Warszawa
New Order - Get Out